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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

MODELO RESUMO

UTILIZAÇÃO DE ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTERIOIDAIS, OPIÓIDES E  ANESTÉSICOS PARA TRATAMENTO DA DOR

Gabriella Silva Campos1, Rodrigo Zaiden Taveira2, Sandro de Melo Braga3

1 Graduanda em Medicina Veterinária - Faculdades Objetivo – Goiânia, GO
2 Professor Titular,  Medicina Veterinária - Faculdades Objetivo – Goiânia, GO
3 Médico Veterinário Anestesiologista - Faculdades Objetivo – Goiânia,  GO

A dor é definida como experiência emocional desagradável relacionada a um dano tecidual real ou potencial, sendo dividida nos tipos nociceptiva e neuropática (SCHESTATSKY, 2008). A dor nociceptiva ocorre por ativação fisiológica de receptores ou da via dolorosa e está relacionada à lesão de tecidos ósseos, musculares ou ligamentares (BENNETT et al.,1994). Já a dor neuropática é definida como dor iniciada por lesão ou disfunção do sistema nervoso, sendo melhor compreendida como resultado da ativação anormal da via nociceptiva (MERSKEY H et al., 1994).A dor leve pode ser descrita após intubação, eventos como esofagite e múltiplas punções. Procedimentos cirúrgicos como ovariosalpingohisterectomia, orquiectomia, cistite, osteíte são observados dores moderadas. No entanto a dor intensa registra-se em osteoartrite, amputação, pancreatite, osteossarcoma e etc. (WRIGHT, 2002). Os anti-inflamatórios não esteriodais (AINE) são fármacos de ação analgésica, antipirética, anti-inflamatória. O efeito analgésico ocorre devido à inibição na produção de prostaglandinas que sensibilizam as terminações nervosas locais da dor. Como droga única, possuem excelente eficácia analgésica na dor pós-operatória leve. Em quadro álgico de intensidade moderada a grave, podem ser usados em associação com outros compostos, como opióides, por exemplo, reduzindo doses analgésicas e a incidência de efeitos colaterais destes compostos (TILLEY SL et al., 2001).Os opióides são fármacos analgésicos com ação em receptores opióides presentes predominantemente no sistema nervoso central em algumas áreas do cérebro, medula espinhal e nos sistemas neuronais do intestino. Os receptores de opíoides endógenos são importantes na regulação normal da sensação da dor inibindo através de vias aferentes, a percepção da sensação dolorosa. Opióides exógenos, como a morfina e a meperidina, nada mais fazem do que agir nestes receptores, mimetizando os efeitos dos opíoides endógenos e produzindo analgesia (FERREIRA et al., 1992), como exemplo de opióides, temos: morfina, fentanil, meperidina, metadona, naloxano e etc. Seu uso clínico para o tratamento da dor conforme a escala de analgesia da OMS é a associação de opíoide fraco (tramadol e codeína) se for necessário um adjuvante (gabapentina e amitriptilina) para a dor moderada. Caso a dor seja intensa utiliza-se além do AINE, analgésicos opíoides potentes e adjunvantes. Tem sido sugerida a combinação de anestésicos locais com opióides, por exemplo, quetamina com morfina e lidocaína para o tratamento de dores neuropáticas e por via epidural morfina associado à lidocaína sem vasoconstritor, mas a técnica por via epidural não é muito visada para controle da dor por períodos prolongados (TORSKE et al., 1998). A cetamina também é utilizada para o tratamento da dor, devido sua capacidade de reduzir a sensibilização central através de seu efeito antagonista dos receptores NMDA, sendo administrada para o alívio da dor pós-operatória (SCHMID et al., 1999). Os anestésicos locais também são utilizados para o tratamento da dor através do bloqueio de nervos periféricos específicos, embora apresente duração de ação relativamente curta (MASSONE, 1999).

Palavras-chave: analgesia; fármacos; medicina veterinária.



REFERÊNCIAS

FERREIRA, M.B; WANNMACHER, L. Farmacologia clínica da dor. In Fuchs FD  Wannmacher L (eds). Farmacologia Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1992. 132-148p.

MASSONE, F. Medicação pré-anestésica. Anestesiologia veterinária. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. 586p.

MERSKEY, H, BOGDUK N. Classification of chronic pain. Seattle: IASP Press, 1994. 386p.

SCHESTATSKY, P. Definição, diagnóstico e tratamento da dor neuropática. Revista HACPA, v. 28, n.3, p. 11-21, 2008.

SCHMID R L.; SANDLER, A N; KATZ, J. Use and efficacy of low-dose ketamine in the management of acute postoperative pain: a review of current techniques and outcomes. Pain, v.82, p.111-125, 1999.

TILLEY, S.L; COFFMAN, T.M; KOLLER, B.H. Mixed messages modulation of inflammation and immune responses by prostaglandins and thromboxanes. Journal Clinical Invest, v.108, p.15-23, 2001.

TORSKE, K.E. et al. End tidal halothane concentration and postoperative analgesia requirements in dogs: A comparison between intravenous oxymorphone and epidural bupivacaine alone and in combination with oxymorphone. Canadian Journal of Anaesthesia Veterinary, v.39, p.361-369, 1998.

WRIGHT, A.; JULL G.; STERLING, M. Cervical mobilization: concurrent effects on pain, sympathetic nervous system activity and motor activity. Manual Therapy, v.6, n. 2, p.72-81, 2001.

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